quinta-feira, 7 de junho de 2012

Um dia comum de Leona Hagebak II: Ponto de Vista

Olá pessoal!

Para aqueles que estão aproveitando o feriado debaixo das cobertas, uma nova crônica da série "Um dia comum de Leona Hagebak". A novidade que eu tinha, mas que infelizmente não deu tempo de preparar devidamente, é o blog http://leonahagebak.wordpress.com/ que criei com a intenção de separar apenas os Pensamentos, Contos e Crônicas, de uma forma mais organizada e limpa (algo como um portfólio). Alguns já devem ter percebido - ou não - o banner na barra lateral, junto com o banner de meus parceiros. Então os usuários de wordpress podem me seguir sem problemas ^^.

Bom, sem mais enrolações.
Espero que gostem! Comentários, críticas e sugestões são sempre bem-vindos ^^.
Boa leitura!


Leona Hagebak: Ponto de vista

Lá estava eu em mais um dia de trabalho. Escrevia, apagava, parava para pensar, roía a ponta de uma caneta, escrevia novamente, batucava com a caneta na mesa... Seria um dia de trabalho normal, se não fosse por um desabafo um tanto curioso de uma amiga próxima.

Enquanto eu divagava olhando para o monitor, minha amiga puxou uma cadeira e sentou-se ao meu lado. Observava-a com canto do olho para ver o que me diria, pois, vira e mexe acabava me atrapalhando com seus papos furados – não que a esta altura conseguisse me concentrar em algo. Como demorou a se pronunciar, cheguei a pensar se era mais uma cobrança de clientes ou do chefe.

Tomei mais um gole do café e já me preparava para ouvir a “bomba”. Estava, inclusive, abrindo o programa no computador para fazer possíveis correções... e nada! Minha amiga continuava calada. Então, pensei: “Só pode estar de brincadeira comigo!” e me virei. Quando estava pronta para perguntar qual era o problema dela, percebi que desta vez, realmente, ela parecia ter um problema.

Coloquei a mão em sua cabeça e disse: “Desembucha, mulher, porque eu não tenho bola de cristal”. Ela, em um tom desanimado, me respondeu: “Acho que não vou mais criar”. Nem tive tempo de perguntar o por quê. Quase desabando em choro, me contou que recebeu algumas duras críticas por e-mail. E, antes que eu pudesse respondê-la, começou a se enrolar com as palavras, dizendo que era uma inútil, que não sabia o que estava fazendo lá, como é que eu aguentava isso... Neste momento, eu não sabia o que fazer senão força-lá a tomar o resto do meu café frio – e até hoje não sei se isso foi uma boa ideia – mas ganhei tempo para falar sobre o que eu pensava a respeito:

“Mas as pessoas que lhe criticaram tiveram o trabalho de ler o seu trabalho. Se fosse algo tão ruim assim, no mínimo, elas nem ao menos se dariam o trabalho de comentar. Se você olhar por outro ponto de vista, perceberá que receber críticas não é o fim do mundo, afinal, críticas são inevitáveis. Não é que você precise aceitar tudo o que as pessoas lhe dizem. Questione-se. Peça outras opiniões. E veja se a crítica é realmente válida, o que você pode absorver dela. Se você espremer mesmo o pior comentário que já recebeu, talvez seja capaz de retirar dela algo muito bom para o seu crescimento profissional. Nem que seja um: “Esse comentário não traz nada de construtivo”, mas já foi um passo para se analisar. A cada crítica ultrapassada, sua mente se tornará mais aberta e você estará apta para aprender diversas coisas, que antes, nem ao menos passariam por sua cabeça. Afinal, criar não tem jeito... é fazer, refazer e aprender. E, talvez, um dia essa pessoa que tanto lhe criticou poderá estender a mão e lhe dar os parabéns. Por que não? Para criar, eu não sou obrigada a deixar minha cabeça presa em uma caixa chamada receio. E você também não.”

Um tanto confusa, minha amiga voltou para a mesa dela e passou o dia pensativa. No dia seguinte, para o meu espanto, ela estava toda elétrica novamente – senhor café, aquele! E antes que pudesse ligar meu computador, veio correndo me contar que, no final da tarde do dia anterior, recebeu um e-mail de uma fã, a qual pedia que ela não desanimasse com as críticas e que deveria sempre tentar mais uma vez. Então, ela me abraçou e voltou para o seu lugar, animada. Enquanto eu... peguei o meu santo café para começar mais um longo e curioso dia de trabalho.

- Termina aqui mais um dia comum na vida de Leona Hagebak -

2 comentários:

  1. Gostei muito da crônica sobre Crítica que você fez. Realmente tem muita coisa que pode ser pensada a respeito deste texto. Leôna é mesmo uma figura interessante! Se fosse um texto voltado para a filosofia, tem muito mais coisas que poderiam ser complementadas nesta crônica. Acho isso muito bom, porque seu texto desperta esta sensação de também falar em quem está lendo.
    Abraço, Mid-chan.
    Parabéns.

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    Respostas
    1. Obrigada, Fred!
      É muito gratificante sua presença no blog ^^.
      Acho que acabo me inspirando nas coisas que acontecem ao meu redor, e, por isso, a proximidade com o leitor. E fico muito feliz por isso, pois desejo, um dia, poder mergulhar nesse mundo literário (tomara que eu não afunde, hahaha).

      Abraços ^^/
      Obrigada pelo seu comentário ^^!

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